quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Por que adiamos a Felicidade?

Por que adiamos a felicidade?

Não existe uma resposta pronta para essa pergunta. Mas se pensarmos em várias coisas poderemos entender porque sempre adiamos as oportunidades de sermos felizes.

Quantas foram as vezes que olhamos pela janela e vimos a chuva e teimamos em permanecer nos nossos refúgios com medo de nos molharmos? Esquecemos que a chuva foi feita pra molhar! Que às vezes devemos sair e tomar um bom banho de chuva.

Quantas foram as vezes que perdemos o calor do sol em nossos rostos, pelo simples fato de já estar calor? O sol nos brinda todos os dias com seu esplendor, aquecendo tudo e a todos abaixo dele, sem distinções, sem restrições, sem preconceitos. Quantas vezes presos ao trabalho não nos damos cinco minutos do calor do sol em nossos rostos? Ele está lá o dia todo e mesmo assim nós o ignoramos completamente.

Quantas foram as vezes que reclamamos do vento? Da brisa gelada de inverno? Sempre fugimos aos nossos abrigos, nos refugiamos e esquecemos que é o vento que balança as plantações, que é o vento que cria as ondas do mar, que é a brisa que te acalma nos momentos de desassossego e que não há nada que nos faça sentir mais vivos, que nos faça acreditar até ser possível voar que o vento.

Assim como a chuva, a luz do sol e o vento, a felicidade pode ser algo fugaz. Algo que temos que agarrar naquele momento, senti-lo, vive-lo, permitir que faça parte do nosso ser. Nos privamos da felicidade por medo. Sim! Temos medo de sermos felizes. Às vezes a felicidade esbarra em conceitos morais de certo ou errado. Mas o que é certo ou errado? Seu coração sempre saberá a resposta, e raramente nos dias de hoje ouvimos o coração. A vida contemporânea trouxe a Era da Razão. Somos racionais demais. Automáticos demais. cautelosos demais. Medrosos demais. Temos medo de sofrer as consequências de buscar a felicidade. Por consequência a adiamos. Algumas vezes por achar que há uma felicidade maior guardada lá na frente. Então abrimos mão do que se apresenta a nós neste exato momento.

 E depois de tanto pensar em como adiamos sermos felizes cheguei a conclusão que nunca serei tão feliz quanto fui ontem, quanto posso ser feliz hoje e não abrirei mão disso só pela mera perspectiva de felicidade do amanhã.

Se não tivermos coragem de sermos felizes continuaremos sem nos banhar na chuva, sem nos aquecer sob o sol e sem deixar nossos sonhos voarem alto junto ao vento que nos dá vida.